Nova pandemia no mundo

A outra pandemia que nos assola em 2021.

neurose fóbica trata-se de um quadro caracterizado pelo medo de determinados lugares, objetos ou situações, que determinam uma série de condutas de insegurança e evitamento. Os sintomas predominantes são uma sensação de evitamento, o permanente estado de alerta e a atitude de fuga. O estado de alerta e fuga é o conceito científico de STRESS.

Freud definiu como neurose a “expressão de um conflito entre os desejos do nosso inconsciente, onde os impulsos são incompatíveis com a realidade exterior ou são impossíveis de serem concretizados, desencadeando um intenso estado de ansiedade e mal-estar”. Este também associou as neuroses como conflitos entre o Ego e o Id, ou seja, aquilo que você é e aquilo que você quer ser. As neuroses podem ser classificadas de acordo com os seus sintomas. Existem quatro classificações de neuroses. (1)

O objeto fobígeno (gerador da fobia) eleito o intimida e o ameaça, resultando um mecanismo de defesa chave da fobia, que é a evitação. Constantemente evita enfrentá-los, muitas vezes se antecipa a eles ou os repele; de outra forma, se exporia a uma angústia intensa.

A fobia mantém a realidade sob controle e nos dá um pouco de espaço para crescer em um ritmo próprio. Enfim, a fobia talvez seja o modo de as coisas se manterem no lugar, enquanto o cognitivo, o emocional e a libido se reequilibram. (3)

Ficaremos e dissertaremos aqui só sobre a Neurose Fóbica ou Neurose de Angústia, em que o sujeito busca externar suas angústias através das fobias (medos e pavor), ele assemelha-se a uma pessoa apenas angustiada, porém com uma fixa obsessão em se manter longe do objeto fóbico.

Hoje vivemos todos sob o bombardeio de mortes inesperadas de entes queridos ou próximos com a doença COVID. Estejamos em qualquer lugar, em casa ou na rua, nos encontraremos com o vírus impiedoso e mortal.

O medo e pavor não virá só da possibilidade de morte, mas também do sofrimento por falta de ar tenebrosa. A morte não será lenta, não em número de dias ou horas, será logicamente longa enquanto sufocação e desespero.

Estaremos asfixiados em pleno ar!

Para se manter longe do objeto fobígeno (gerador da fobia) vamos tentar desesperadamente nos afastar dele. Nem sempre a racionalidade e a realidade nos auxiliaram. Lembremo-nos que estamos acuados e de frente a perigo eminente(stress).

Um primeiro e simples mecanismo será:

– “Não assisto ou ouço notícias sobre COVID”

Como, se o assunto não dominasse a todos e a tudo, mesmo não dito ou escrito.

“Era de ver a fúnebre bacante! Que torvo olhar! …que gesto de demente!

 …que se erguesse, de repente, sob os pés do caminhante” (4)

Surge agora o campo fértil para o deslocamento mental do perigo, só que será apenas mental e distanciado da realidade.

“Dá em mais velhos”.

E agora que os jovens vem sendo o grupo mais atacado.

“tem que ter a imunidade baixa”.

O STRESS baixa a imunidade.

“Eu não vou pegar, sou crente em Deus.”

Pastores e padres morrendo de COVID.

Enfim, vai ficando cada vez mais perto o monstro COVID.

Restará como último refúgio fóbico a negação.

“- Vou para a rua, vou para o contato com os meus desejos e entes queridos.

– Nego a eficácia das máscaras.

– Esqueço do álcool em gel.

– Abram-se as escolas.

– Liberem o comércio nas lojas.

– Vamos festejar a vida com aglomerações.

– Chega de isolamento.”

“-E o principal: as vacinas são suspeitas de causar problemas maiores que a doença.”

Faremos, o pavor e a impotência nos guiarão, de nós peritos em saúde e epidemiologia. A facilidade com que a internet nos garante o acesso à informação, nos torna audazes e sábios em qualquer coisa.

Vamos ignorar estudos sérios e científicos que mostram, por exemplo, que a chance de ter um problema trombótico com a vacina Astra-Seneca, aliás, é de 0,0004%, ou seja, em cada cem mil doses aplicadas existe a possibilidade de ocorrer um caso de trombose. Por outro lado, um fumante tem 30 vezes mais chance de ter trombose que a população em geral.

Fingiremos que a solidão vai ser afastada, só esquecendo que seremos todos futuros Zumbis.

Infelizmente não há solução mágica que nos acuda efetivamente.

A aparente diminuição de casos (3000 para 2000) no país pode criar uma falsa impressão de controle e afastamento do perigo.

Como demonstrou o médico sanitarista Gonzalo Vecina, ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, poderemos viver uma mais grave ainda terceira onda. (5)

Olhar com coragem, vendo os reais perigos, e alegria, por ter vivido até agora fortes e lúcidos, é a única saída sábia, mesmo que dolorosa e desagradável.

Teremos que continuar o isolamento social (não é solidão), a usar máscaras (não é asfixiante) e solidarizar-se com os acometidos pela doença (aumenta a empatia).

É preciso ter coragem de dizer que os pobres necessitam de recurso e ajuda para poderem continuar a se alimentar e manter isolamento. A luta por assistência financeira e social se impõe. Os governantes têm que garantir auxílio emergencial.

Cada pobre que morre de COVID é uma atrocidade com ele e seus entes queridos, além disso, propicia a propagação do vírus e ao surgimento de novas variantes.

Os pequenos comerciantes precisam de apoio financeiro e fiscal para não falirem e poder fecharem suas portas.

Cada empresa, pequena ou micro que vai a falência, ajuda a desorganizar o enfretamento do vírus.

Solidariedade hoje é uma arma eficaz de combate a solidão individual nossa, não é apenas uma forma simples de caridade.

E, finalmente, minhas queridas e meus queridos alunos nós, que pudemos por benesse de Deus e esforços nossos, encontrar o tesouro da humanidade, a Medicina Tradicional Chinesa, devemos nunca esquecer que o Canal (meridiano) do pulmão combate vírus e garante a nossa imunidade (wei chi).

Temos que estar atentos ao fortalecimento do pulmão: usar roupas brancas (da cintura para cima), comer alimentos brancos, moderadamente ingerir álcool (vinho branco, cachaça) e colocar o sabor picante na dieta.

Devemos também ficar atentos ao coração. Ele enfraquece o pulmão, pela lei da dominância (o coração é avô do pulmão). E um coração fraco pode permitir a ocorrência da contra-dominância, e um pulmão forte atacar o coração. Para fortalecer o coração devemos cultivar a alegria, a verdadeira alegria, a do êxtase. E a solidariedade e fraternidade traz o êxtase máximo. A solidariedade diminui a solidão.

Bibliografia:

Maria Eugênia BERTOLDI; Andreia Aparecida MARGARIDA; Carolina Alves Costa TEIXEIRA

http://unisantacruz.edu.br/revistas/index.php/JICEX/issue/view/25

Eleonora Abbud Spinelli.

https://sppa.org.br › wiki › fobia-eleonora-abbud-spinelli

Julia Targa

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_serial&pid=1676-7314&lng=pt&nrm=iso

Antero de Quental, poeta português.

Gonçalo Vecina

https://www.cartacapital.com.br/saude/variante-indiana-e-explosiva-alerta-ex-diretor-da-anvisa-se-chegar-teremos-uma-onda-braba/.

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