Febre Amarela, Carmem Lúcia, Fascismo, Ignorância e Canal do Pulmão

Hoje estamos sendo assolados pelo evento de febre amarela em nosso estado.

Isto é trágico e vergonhoso.

As causas podemos pensar com cuidado para não concluir apressadamente bobagens superficiais.

Febre Amarela era endêmica em nosso Estado e na cidade do Rio de Janeiro durante décadas.

A doença teve origem em África, de onde se espalhou para a América do Sul através do comércio de escravos no século XVII. (Vejamos a Economia determinando doenças e a vida)

Ocorreram vários surtos da doença na América, em África e na Europa. Nos séculos XVIII e XIX, a febre amarela era uma das mais perigosas doenças infeciosas.

Em 1927, o vírus da febre amarela foi o primeiro vírus, causando doenças nos humanos, a ser isolado.

A febre amarela infectou os espanhóis quando se estabeleceram nas Caraíbas, como em Cuba e na ilha de Santo Domingo e em outras regiões da América, matando muitos (letalidade alta).

Colombo foi obrigado a mudar a sua capital, na ilha de Santo Domingo, porque o local inicial tinha grande número de mosquitos transmissores, que infectaram com a doença e mataram uma proporção considerável dos colonos.

Durante a revolução dos escravos, na então colônia francesa de Santo Domingo, nos primeiros anos do século XIX, Napoleão Bonaparte enviou 40 mil tropas para assegurar a posse da colonia à França. As tropas, no entanto, foram dizimadas por uma epidemia de febre amarela e a revolução triunfou, fundando o Haiti. A perda de tantos soldados fez Napoleão desistir dos seus sonhos coloniais na América do Norte.

A primeira tentativa de construção do Canal do Panamá, pelos franceses no século XIX, fracassaram devido às epidemias de febre amarela. A segunda tentativa, pelos Estados Unidos, só resultou bem sucedida graças às novas técnicas de erradicação de mosquitos e à vacina recentemente desenvolvida.

A referência à febre amarela no Brasil data de 1685 com a ocorrência de surto em Olinda, Recife e interior de Pernambuco. Um ano depois atinge a população de Salvador, segundo o historiador Odair Franco. A febre amarela foi reintroduzida em 1849, (primeira grande epidemia ocorrida na capital do Império, Rio de Janeiro), quando um navio americano chegou a Salvador, procedente de New Orleans e Havana, infectando os portos e se espalhando por todo o litoral brasileiro.

Uma grande epidemia de febre amarela matou mais de 3% da população da cidade brasileira de Campinas no verão do ano de 1889, Adolfo Lutz, em suas reminiscências sobre a febre amarela, calculou em três quartos a população que deixou Campinas em direção a outras cidades, fugindo da febre amarela.

Em 1895, o navio  de guerra italiano Lombardia (existe um belo túmulo onde a tripulação foi sepultada no cemitério do Cajú) é acometido de febre amarela  Rio de Janeiro (uma nova tripulação tem que vir da Itália para buscar o navio). No Rio de Janeiro quase não existia esgoto e a infra-estrutura sanitária era extremamente precária, desde o recolhimento dos resíduos ao abastecimento de água e até o comércio de alimentos nas ruas, sem nenhuma condição de higiene. A população em geral vivia em cortiços: a entrada de um deles era decorada com cabeças de suíno, surgindo daí a expressão “cabeça de porco”. Imortalizados num célebre romance de Aluízio de Azevedo, o Cortiço.

O Brasil era considerado perigoso, por conta das enfermidades infecciosas. As agências de viagem na Europa operavam direto para Buenos Aires, sem escala, privando o Brasil do transporte marítimo e da exportação do café. Uma intrincada rede de acontecimentos afeta o país, a partir desse cenário: a cafeicultura era prejudicada – a mão-de-obra era imigrante e vulnerável à febre amarela; não havia como pagar a dívida externa – sobretudo contraída com bancos ingleses.

Outras datas:

  • 1902 – Sorocaba (SP), foi realizado o 1.º Combate ao vetor da doença, sob a orientação de Emílio Ribas.
  • 1903 – Oswaldo Cruz, iniciou a Campanha contra a febre amarela no RJ.
  • 1928 – A doença reaparece no RJ, causando 436 mortes. Iniciada, a nível nacional, Campanha contra a febre amarela, resultado do contrato assinado com a Fundação Rockfeller.
  • 1940 – Foi criado no Brasil o “Serviço Nacional de Febre Amarela”.
  • 1957 – Após ampla campanha de combate ao Aedes aegypti, essa espécie foi declarada erradicada do Brasil, na XV Conferência Sanitária Pan-americana.

A discussão sobre Febre Amarela sempre foi acalorada e cheias de paixão. vamos ressaltar dois grandes grupos;

  • os bacteriologista, seguindo Pasteur, priorizando o agente bacteriano,
  • os higienistas e clínicos priorizando as condições socio-econômicas.

Hoje está claro que um vírus produz uma doença específica, febre amarela, e que as condições sociais e econômicas facilitam a ocorrência da doença.

Saneamento básico, tratamento dos esgostos, da água e do lixo são fundamentais para a erradicação ou controle da febre amarela. Também, hoje, é importantíssima a expansão das fronteiras agrícolas.

Temos, atualmente, com o crescimento desordenado dos grandes centros urbanos, inchação das cidades, o recrusdecimento da população do Aedes egipt, vetor do virus da febre amarela, da dengue, da chicungunha e da zica. E a invasão de áreas de floresta, para uso de atividades econõmicas, expos os homens aos mosquitos  Haemagogus e Sabethes, transmissores silvestres da febre amarela.

Erradicar o Aedes requer um esforço grandioso, não bastam as campanhas bem intecionadas, porém ingênuas, de combate as águas limpas e paradas. O Aedes evoluiu e vive hoje até em água sujas. A sua plantinha com água no pires ou sua bromélia da sala é apenas um “dedal de água neste oceano”. Seria preciso, pricipalmente, sanear as cidades: acabar como esgoto a céu aberto, com o lixo abandonado ao léu e com o mau cuidado pelo poder público dos espaços urbanos.

Os mosquitos silvestres não podem ser erradicados, a não ser que queiramos destruir as florestas.

Quem for viver em áreas proximas a eles deveria se  prevenir: vacinação e cuidados com repelentes.

Ora sabemos que estas medidas e quase todas vão depender de atitudes mais justas e igualitárias da sociedade, governso e cidadãos.

Com um sistema capitalista perverso, em que o lucro financeiro é o principal objetivo, será impossível erradicar a febre amarela. NÃO ADIANTA DIZER QUE A ERRADICÃO TRARÁ LUCROS; TURISMO E MENOS GASTOS COM SAÚDE. O CAPITALISMO ESTÁ ORGANIZADO PARA OBTER LUCROS FINANCEIROS DE QUALQUER MANEIRA.

Vende vacinas, aparelhos para produção de vacinas, produção de inseticidas, produção de repelentes, venda de veículos para pulverização de inseticida, empréstimos financeiros para as campanhas de vacinação,enfim, o capitalismo financeiro vai continuar a auferir lucros de qualquer modo.

A lógica é o do Capital Financeiro e não a da Saúde.

Claro está que os pobres morrerão mais, como mostram estudos científicos sérios.

Terão mais dificuldades para se proteger e ficarão mais expostos, desnecessário dizer porque.

No entanto, cabe aqui discutir as declarações da doutora Carmem Lúcia, presidente do STF.

– “A discussão sobre o forum privilegiado é anacrônica, desde o meu tempo de faculdade jã pensavamos que isto erra injusto. O forum privilegiado só serve para procrastinar, adiar,julgamentos e punições.”

O senhor Karl Marx fez muitas projeções equivocadas e ingênuas, embora cheias de humanitarismo: advento do socialismo e derrocada do capitalismo. Em nome dele surgiram sistemas, e ainda surgem, sanguinários e perversos.

Aliás, risco que todo idealista corre. Que o diga Jesus Cristo!

Contudo, Marx não errou, muito antes pelo contrário acertou em cheio, quando disse quando disse que: “a luta de classes é o motor da história”.

Só tem um jeito de acabar com a luta de classes; ACABAR COM AS CLASSES.

Acabar com a luta de classes não é um igualitarismo burro e falso como o dos regimes ditos comunistas; URSS, CHINA, CUBA, CORÉIA, etc.

É, como dizia Confúcio: “dar parcelas desiguais para desiguais, desde que se garanta o mínimo necessário a todos. Para a grande mulher muitos panos, para apequena mulher poucos panos, para o homem gordo muita comida, para o magro pouca comida.”

Senão vejamos, a senhora(será mesmo) Ancelmo Cabral foi posta em liberdade, saiu do presídio, ficará em prisão domiciliar para cuidar dos filhos.

Não vamos deixar que eles nos chamem de imbecis ou idiotas; como uma mulher desta espécie de criminosa pode estar preocupada com educação de filhos.

E na hora que desviou dineiro público e ajudou ao marido falir o Estado do Rio de Janeiro estava pensando em educar seus filhos e pensou nos filhos das outras mulheres dependentes da ação do estado.

E, finalmente, se uma mulher pobre e facínora for presa junto com o marido bandido e perverso, ninguém pensará em soltá-la para que cuide dos filhos. Caso não haja um parente para cuidar das crianças. ela serão encaminhadas para alguma instituição pública de atenção a meonores, por exemplo, CREAM. Salvo melhor juízo temos no caso da senhora(?) Ancelmo a avó paterna pelo menos poderia cuidar das crias desta senhora(?).

Isto posto fica um alerta: não há no horizonte chance, a curto prazo, de uma sociedade mais justa e nem de controle verdadeiro da febre amarela.

Não podemos, sob pena de fazermos o jogo do Capital Financeiro, ter a ilusão de soluções de força imediatista, como o fascismo ou regime militares, que não irão propor e executar mudanças solidárias e fraternas.

Não vai adiantar também fechar a porta do “nosso jardim”, como o Panglós de Voltaire, o mosquito, e outros mais, não respeitam limites e voam sobre cercas e mares.

A solução não está no desepero e nem na revolta.

Sim estará no fortalecimento e aprimoramento das instituições democráticas.

Voltando ao surto atual da Febre Amarela no Brasil temos uma letalidade em torno de 34% dos casos. Ou seja, de todos os casos conhecidos morreram 34%. Isto é uma letalidde muito alta.

Por outro lado, as pessoas que não morrem ficam bastante debilitadas.

Talvez possamos levantar a hipótese de que como estava erradicada em nosso meio, tinhamos poucas pessoas com defesas imunológicas ativas.

Só se vacinava apenas pessoas que iam viajar para países afetados ou regiões brasileiras silvestres(Amazonia)

Vamos então tomar as atitudes realistas possíveis no plano individual:

  • é preciso se vacinar.
  • usar repelentes caseiros ou industriais: citronela, etc
  • evitar exposição a lugares perigosos desnecessàriamente.

E nós que conhecemos MTCh vamos, aproveitando, a chegada do outono:

Estimular o canal do Pulmão com roupas brancas, alimentos picantes e álcool (vinho tinto seco uma caneca por dia).

Estimular o ponto de Tonificação do Pulmão (P9) uma vez por semana.

Estimular o JENN MO ou REN MAI, quando o canal do Pulmão se desequilibrar.

Canal do Pulmão nos defende de vírus.

Estimular o canal do RIM, ponto de tonificação: R7. Uma vez por semana, durante três semanas. Uma antes da vacinação e duas depois.

O RIm aumenta a imunidade.

Estou ao seu dispor para discutirmos mais e avaliar sua situação específica.

Abraços e muita fé no amanhã!

Bibliografia:

Hist. cienc. saude-Manguinhos vol.1 no.1 Rio de Janeiro July/Oct. 1994

https://pt.wikipedia.org/wiki/Oswaldo_Cruz

https:/pt.wikipedia.org/wiki/Emílio_Ribas

www.rbconline.org.br/artigo/a-necessidade-de-mudanca-nas-estrategias-de-intervencao-para-controlar-a-hipertensao-arterial/

https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-08042011-092240/publico/AnaBedran.pdf

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